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  • @juuliabrenda
  • 15 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

Origem

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América. Ela surgiu nos Estados Unidos por volta do ano de 1600. Os Quarto de Milha é resultado do cruzamento dos cavalos indígenas (mustangues) com cavalos trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis.


Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça. Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado, puxando carroças, levando crianças à escola.


Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, com distâncias de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.


AQHA

Preocupados com a preservação da raça, registros e dados dos cavalos, um grupo de criadores norte-americanos e da República Mexicana fundaram em 15 de março de 1940, há exatos 84 anos, a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas. No ano seguinte, foi registrado o primeiro equino pela associação norte-americana: Wimpy (Solis x Panda) nascido na King Ranch (Kingsville, Texas) em 1937, morrendo em agosto de 1959.

No ano de 1946, a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo, com cerca de 331 mil sócios e mais de 2,98 milhões de cavalos registrados.


ABQM

Foi fundada em 15 de agosto de 1969, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. Seu objetivo é manter o registro genealógico, a identidade e propriedade do Cavalo Quarto de Milha, zelando pela pureza da Raça e para tais fins, mantendo relações com entidades estrangeiras congêneres, exercendo o controle e a fiscalização da procriação, gestação, nascimento, identificação e filiação, nacionalização de animais importados, de identificação, de propriedade e qualquer outra documentação correspondente às finalidades acima mencionadas.


Pelagens

As pelagens oficiais do Quarto de Milha são alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, perlino, cremelo, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não são admitidos para registro, animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.


Morfologia

São caracterizados por serem robustos e musculados. Pesam 500 quilos em média e a altura é em média de 1,50 m a 1,60 m. Seu andamento é harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo. Possui cabeça pequena e leve, sua cara é cheia, grande, muito musculosa, redonda e chata, com ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas. Suas orelhas são pequenas e bem distanciadas. Os olhos são grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si, permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para trás. A boca é pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras. Sua musculatura é bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. Da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e dos arreios. O lombo é curto, com musculatura acentuadamente forte. Tem o tórax amplo, com costelas largas, próximas e inclinadas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho. As pernas e coxas são muito musculosas.


Temperamento

São muito inteligentes, bem-dispostos, pacientes e dóceis.


Curiosidades

A velocidade máxima percorrida por um Quarto de Milha foi de até 88,5 km /h.


O Quarto de Milha mais caro da história é o garanhão Metalic Cat

Filho do High Brow Cat em mãe Petptoboonsmal, foi adquirido por Bobby Patton pela soma de 25 milhões de dólares e sua cobertura é comercializada por 10 mil dólares, está entre os melhores reprodutores da atualidade. Com apenas 12 anos de idade, esse campeão Potro do Futuro NCHA 2008 assumiu a primeira colocação da temporada acumulando ganhos de US$ 4,119 milhões em 343 produtos vencedores.


American Quarter Horse Heritage Center & Museum

O museu foi fundado em 2001 pela AQHA e hoje é um dos maiores registros de equinos do mundo. Localizado em Amarillo, Texas, todos os anos recebem de 20 a 30 mil visitantes que querem conhecer um pouco mais sobre a história da principal raça de cavalos do país. 


Utilização

O cavalo Quarto de milha é muito utilizado hoje com diversas modalidades, afinal estamos falando da raça de cavalo mais versátil, é muito utilizado na apartação, bulldogging, três e cinco tambores, conformação, corrida, maneabilidade e velocidade, rédeas, seis balizas, team penning, vaquejada, entre outras. Não reduzidos aos esportes, ainda se tratam de cavalos para a família, pistas de equitação de lazer, shows de exibição, para unidades de polícia montada e ainda é usada para a lida com gado.


Preço

Em média de 3 à 20 mil, dependendo da linhagem o valor pode aumentar.


Referências bibliográficas










Imagens






  • @juuliabrenda
  • 28 de fev. de 2024
  • 4 min de leitura

Origem

O Cavalo Crioulo teve suas origens nas raças espanholas Andaluz e Jacas, eles foram trazidos da península ibérica no século XVI pelos colonizadores. Estabelecidos na América do Sul, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres.

 

Durante quatro séculos, as manadas selvagens que foram formadas enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação. Tais adversidades imprimiram nestes animais algumas das suas características mais marcantes, como a rusticidade e a resistência.

 

Foi em meados do século XIX que fazendeiros do sul do continente sul-americano começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. A nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o valor e comprovou as virtudes do Cavalo Crioulo.


ABCCC

Desde o surgimento da raça em solo brasileiro, a movimentação de criadores tornou possível a existência de uma entidade dedicada ao Cavalo Crioulo. Foi em 28 de fevereiro de 1932 a 92 anos atrás que fazendeiros e estancieiros do Rio Grande do Sul efetivaram a criação de uma associação base, fundada em Bagé e inicialmente denominada de Associação de Criadores de Cavalos Crioulos.

 

Em janeiro de 1935, o studbook da raça foi cedido pela Associação do Registro Genealógico Sul-rio-riograndense, tornando a entidade independente e com um registro próprio. Depois disso, a cidade de Pelotas/RS foi escolhida para se tornar a atual sede da associação (e também onde passou a se chamar Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos — ABCCC).


A ata de criação da instituição foi assinada por 22 homens que partilhavam dos ideais de evolução da raça no Rio Grande do Sul. Eles uniram forças para organizar burocraticamente e iniciar o processo de difusão do Crioulo. São eles: Belisário Sá Sarmento, Benjamim Constant Keller, Cypriano Munhoz Filho, Guilherme Echenique Filho, Januário Dias da Costa, João Alfredo da Silva Tavares, João Macedo Dornelles, João Magalhães Vieira, João Paes Vieira, José Alves Vieira, Julio Paixão Cortes, Leonardo Brasil Collares, Leônidas de Assis Brasil, Luiz Dias da Costa, Manoel Luiz Martins, Marcial Terra, Mário Sá Brito, Octávio Adalberto Esteves, Oliverio de Vasconcellos, Paulo Annes Gonçalves, Ptolomeu de Assis Brasil e Sebastião Dornelles os responsáveis pelos primeiros passos da entidade.


A instituição iniciou suas atividades nomeando uma comissão de criadores para classificar os animais inscritos para inspeção. Os cavalos considerados Crioulos passavam a fazer parte do studbook da raça, um registro oficial dos animais e das suas características.

Primeira comissão de inspeção e integrantes da diretoria (em 1932)


Pelagens

O Cavalo Crioulo pode apresentar uma infinidade de pelagens, com exceção da pintada e albina total.


Morfologia

O Crioulo é um equino caracterizado pela silhueta harmônica e pelo equilíbrio perfeito. O peso varia entre 400 e 450 quilos e a altura mínima admitida para as fêmeas é de 1,38 metro e nos machos de 1,40 metro, já a máxima para fêmeas é 1,48 metro e para machos é de 1,50 metro. Possui cabeça cônica, com face curta; focinho fino, de perfil direito ou levemente convexo; orelhas pequenas; olhos grandes separados; pescoço musculoso, principalmente na base, levemente rodado com crineira basta de pelos grossos; tronco é compacto e musculoso; cernelha larga e forte, embora pouco saliente; dorso e lombo curtos e fortes; garupa poderosa, inclinada, terminando com uma cauda baixa; peito musculoso; tórax alto e arqueado; ventre redondo; pernas e coxas musculosas; membros são curtos e fortes, com paleta longa e inclinada.


Temperamento

O cavalo Crioulo é um animal de coragem, ativo, bondoso, inteligente, longevo, e se destaca em todas as exigências que lhe são impostas.


Curiosidades

O Cavalo Crioulo mais caro da história, o garanhão JLS Hermoso, de pelagem rosilha moura rabicana, filho de BT Hornero do Junco e BT Jacana do Junco, tem a sua trajetória notável nas competições, premiações de prestígio e, acima de tudo, pela prole de campeões que ele gerou. A presença dos seus descendentes em eventos renomados, como a Expointer, solidifica não apenas a confiança do garanhão, mas também o torna uma escolha cobiçada para quem busca excelência genética.


Com a venda de uma cota com seis coberturas a R$ 650 mil, JLS Hermoso alcança um valor recorde de R$ 16,25 milhões. A venda foi realizada no leilão da Cabanha São Rafael, em Balsa Nova/PR, que teve faturamento total de R$ 3,72 milhões.


A rusticidade e resistência da raça é demonstrada quando uma distância percorrida em 3 anos e 5 meses, um total de 21.500 km de cavalgada ao longo de todo o continente americano, nos mais diversos tipos de solo e clima foi percorrida em 1925 por dois cavalos Crioulos, Gato com 16 anos e Mancha com 15 anos, partiram de Buenos Aires com destino aos EUA, com o suíço Aimé F. Tschiffely. Chegaram aos EUA, em 22 de setembro de 1928.


Utilização do Cavalo Crioulo

O Cavalo Crioulo por ser uma raça rústica e resistente é essencial e única na lida do campo, para escolher o melhor cavalo foram feitas provas funcionais, representando a utilização do Cavalo Crioulo nela. A ABCCC tem atualmente uma lista de quatorze modalidades oficiais regulamentadas para Cavalos Crioulos: Freio de Ouro, Morfologia, Marcha de Resistência, Campereada/Team Penning, Crioulaço, Doma de Ouro, Enduro, Freio Jovem, Freio do Proprietário, Inclusão de Ouro, Movimiento a La Rienda, Paleteada, Ranch Sorting e Rédeas.


Preço

A linhagem interfere, e muito no preço de um cavalo crioulo, mas, pode-se dizer que o valor médio sem antecedentes 'famosos' em um potro gira em torno de 4.000,00 a 5.000,00, já em idade adulta também sem antecedentes 'famosos', pode ser entre R$ 15.000,00 e R$ 25.000,00.


Em leilões, como da Expointer, por exemplo, estipula-se a média de faixa de preço no caso de cavalos da raça Crioulo, os valores podem facilmente passar dos R$ 40.000,00.


Cavalos mais 'renomados' com premiações em competições ou com pedigree mais apurado, são comercializados com no mínimo seis dígitos, chegando até a milhões.


Tudo vai depender do que o animal oferece, e ainda tem a oferecer.


Referências bibliográficas





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