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  • Educação a Galope
  • 19 de nov. de 2024
  • 1 min de leitura

O que é?

A Síndrome da Rabdomiólise (ERS) é um problema grave que afeta todos os tipos de cavalos, conhecida, também, como mioglobinúria paralítica ou azotúria, ou doença de segunda-feira. É uma desordem muscular muito comum e pode ser ocasionada por diversos fatores. A Inflamação muscular pode causar danos renais importantes, principalmente quando associada a desidratação.


Sintomas

Dor (devido à contração muscular exagerada);

Sudorese intensa, respiração rápida e superficial, e aumento da frequência cardíaca; Intolerância a exercícios e relutância em se movimentar;

Tremores, fraqueza e rigidez muscular (ocorre principalmente nos músculos da zona posterior do dorso e zona da garupa);

Urina escura; Decúbito (ficar deitado e realizar quaisquer exercícios).


Causas

Atividade extenuante além do suportado;

Traumas;

Decúbito prolongado (ficar deitado muito tempo sem atividades físicas);

Condições ambientais como altas temperaturas;

Alimentação inadequada;

Desidratação;

Lesões prévias;

Predisposições genéticas entre outras.


Diagnóstico

Deve ser baseado em:

Histórico (incluindo exercício físico e condições ambientais);

Sinais clínicos;

Exames laboratoriais e complementares.


Tratamento

A terapia multimodal é essencial no tratamento de miosites em equinos trazendo:

Correção hidroeletrolítica;

Repouso;

Correção da dieta e suplementação;

Controle medicamentoso da dor e relaxamento muscular.


Prevenção

Correto manejo nutricional, com dieta equilibrada, e jamais parar com os exercícios e tempos depois, retornar com carga intensa.


Referências bibliográficas

Vetnil




  • @juuliabrenda
  • 19 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

A laminite é uma doença locomotora muito comum em cavalos adultos. Essa enfermidade é caracterizada por uma inflamação das lâminas dos cascos, estruturas que ligam o casco à terceira falange, causando muita dor e sofrimento aos equinos podendo levar os animais acometidos ao afastamento de suas atividades ou até mesmo a necessidade de eutanásia.


Apesar de ser um distúrbio que acomete primeiramente os cascos, é uma doença sistêmica (afeta múltiplos órgãos ou tecidos do corpo) e pode ser classificada em fases de acordo com a gravidade das lesões, sendo elas a faze de desenvolvimento, a fase aguda e a fase crônica. Cada uma possui características, diagnóstico, tratamento e prognóstico diferentes.

A fase de desenvolvimento é a fase subclínica (não produz manifestações ou efeitos detectáveis através de exames clínicos regulares) da doença, ou seja, mesmo já existindo uma inflamação moderada nas lâminas do casco, não há manifestação de sinais clínicos.

A fase aguda tem manifestação de sinais clínicos, porém não há rotação da falange, situação em que o osso rotaciona no casco.

A fase crônica tem rotação de falange e em casos extremos pode ocorrer o desprendimento total do casco.


Na maioria dos casos, a afecção acontece nos cascos dianteiros visto que a distribuição de peso é maior nos membros torácicos. Porém, pode acontecer nos quatro cascos.


Não é uma doença contagiosa, porém é comum mais de um animal na mesma propriedade manifestar os sintomas. Isso, porque todos recebem o mesmo tipo de manejo.


Sintomas

  • Relutância em se movimentar, caminhar similar a “pisar em ovos”;

  • Claudicação;

  • Emagrecimento;

  • Tremores musculares;

  • Aumento na frequência cardíaca e respiratória;

  • Temperatura elevada na superfície do casco;

  • Quando os cascos dos membros anteriores estão afetados, é comum que ele desloque o peso para os posteriores. Nos casos em que as quatro patas estão afetadas, é de se esperar que ele permaneça deitado em posição lateral;

  • Afundamento e/ou ruptura da linha da coroa na região das pinças;

  • Pulso forte nas artérias digitais;

  • Ansiedade e tensão muscular;

  • Expressão de dor;

  • Edema;

  • Necrose;

  • Aumento na temperatura corpórea e alteração nos sinais vitais;

  • Sudorese;

  • Nos casos de afundamento da terceira falange, aproximação dos quatro cascos ao se manter em pé, lembrando “elefante de circo”; 

  • Nos casos crônicos, deformação dos cascos;

  • Formação de anéis na muralha dos cascos, mais largas na região dos talões e menores na região das pinças;

  • Abaulamento da sola na região das pinças;

  • Ruptura da sola em forma de “meia-lua” na região das pinças entre o ápice da ranilha e a pinça.


É muito importante que, ao se observar qualquer um desses sinais, por mais simples que pareça, o proprietário do animal busque um médico-veterinário imediatamente para investigar as causas e iniciar o tratamento. 


Causas

As causas da laminite em cavalos são muito variadas e ainda pouco compreendidas, as mais comuns são:

  • Ingestão excessiva de carboidratos (grãos);

  • Alterações inflamatórias;

  • Enfermidades no sistema digestório;

  • Obesidade;

  • Retenção (permanência total ou parcial no útero por um período acima de 12 horas após o ocorrido) de placenta;

  • Baixa concentração de glicose nos tecidos do casco;

  • Hipotireoidismo (deficiência de hormônios da tiroide);

  • Atividades físicas em solos muito duros;

  • Banhos gelados ou ingestão de água gelada após a prática de exercício;

  • Administração de alguns fármacos inadequadamente, como corticosteroides, por exemplo;

  • Toxemia devido à infecção bacteriana;

  • Excesso de peso em algum dos membros quando o animal, por algum motivo, não o distribui corretamente, conhecida como laminite estática, normal em casos de ferimentos ou cirurgias em algum dos membros;

  • Traumatismos locais;

  • Compressão excessiva da sola, causada por ferraduras mal postas, mal ajustadas ou mantidas por tempo excessivo;

  • Isquemia do casco devido ao frio, neve, ou ao calor excessivo, devido ao piso ou à colocação de ferraduras;

  • Hiperadrenocorticismo ou Síndrome de Cushing, de maior ocorrência em animais mais velhos;

  • Exposição a fertilizantes que tenham nitrato em sua composição.

  • Disfunção gastrointestinal;

  • Metrite.


Diagnóstico

Tem como base a anamnese completa relatada pelo proprietário, se atentando especialmente aos detalhes do manejo, alimentação e histórico de doenças e tratamentos anteriores. Os sinais clínicos podem ser observados no exame físico.

Do mesmo modo, os exames de imagem também são muito úteis e a ultrassonografia é um deles. Ela é muito recomendada para melhorar a confiança diagnóstica e para o acompanhamento do caso, pois fornece informações precisas, com exames não invasivos. 

Também é possível apostar na radiografia, no bloqueio anestésico dos nervos relacionados e na termografia.


Tratamento

O tratamento tem como objetivo evitar a rotação de falange e diminuir a dor e inflamação, pode ser dividido em terapia de suporte e medicamentosa, a terapia de suporte é muito importante e envolve o uso de ferraduras e palmilhas especializadas, camas macias, crioterapia, entre outros. A terapia medicamentosa é baseada em medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Recomenda-se também melhorar o manejo, diminuir a sobrecarga sobre as lâminas e fazer mudanças na alimentação.

Exemplos de terapia de suporte

Prevenção

É possível prevenir a laminite através de um bom manejo nutricional (com pouco carboidrato e suplementação, se necessário), cuidados básicos na realização de exercícios físicos (principalmente animais atletas), não deixando o animal com frequência em solos duros, realizando controle de peso e mantendo atenção nos transportes que costumam ser mais demorados. Além disso, é imprescindível fazer um casqueamento correto com frequência.


Referências bibliográficas







  • @juuliabrenda
  • 5 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

A cólica é a dor de origem abdominal, na maior parte dos casos ocasionada por distúrbios digestivos, e em menor escala devido a distúrbios em outros órgãos da cavidade abdominal.


É uma das afecções agudas mais comuns em equinos por todo o mundo e uma das maiores causadoras de óbito na espécie equina.


Conhecida também como abdômen agudo, é uma desordem relativamente comum do sistema digestivo.


O desconforto abdominal provocado pela doença pode ser leve ou intenso.


Sintomas

  • Febre;

  • Constipação;

  • Falta de apetite;

  • Inquietação;

  • Suor excessivo sem 'razão';

  • Cavar em excesso;

  • Sentar (igual a um cão), deitar e rolar excessivamente;

  • Coloração de mucosas;

  • Aumento na frequência do pulso e da respiração;

  • Apatia;

  • Dificuldade para caminhar;

  • Olhar para o flanco inssitentemente;

  • Coices e mordidas em direção ao abdômen;

  • Posição de urinar sem o fazer.

Tipos

Cólica de impacto: ocorre uma obstrução, normalmente no intestino grosso, causado por uma sobrecarga de alimento fibroso que o cavalo não consegue digerir.


Colite: é uma inflamação do intestino grosso.


Cólica parasitária: comum em cavalos jovens, há alguma obstrução no sistema digestivo por infestação pelo Parascaris equorum. Os cavalos desenvolvem a imunidade aos parasitas em sua fase de vida de 6 meses a 1 ano, logo esta circunstância é rara em cavalos adultos.


Torção gástrica: o intestino desloca-se para uma posição anormal do abdômen, podendo muitas vezes torcer.


Gastrite: inflamação na mucosa do estômago;


Cólica por gases: ocorre mais frequentemente no intestino grosso, devido ao estiramento do intestino, que leva à dor abdominal.


Cólica espasmódica: devido á contrações intestinais aumentadas.


Contribuem para o desenvolvimento da doença (causas)

- Desidratação;

- Estresse;

- Alimentação de má qualidade;

- Ingestão rápida ou de alta quantidade de alimentos concentrados;

- Torção gástrica;

- Fermentação de alimentos;

- Gastrite;

- Aerofagia;

- Alteração súbita na alimentação do cavalo;

- Diminuição ou variação abrupta na atividade física;

- Infecções parasitórias, como as causadas pelo Strongylus vulgaris, Anaplocephala perfoliata e Gasterophilus sp;

- Alterações nas condições de estabulação.


Diagnóstico

O diagnóstico preciso da cólica equina deve ser realizado rapidamente. É necessário que o médico veterinário conheça os sinais, histórico do cavalo e as mudanças recentes no manejo alimentar. Constatar as causas exatas da enfermidade é um grande desafio. Um dos meios mais utilizados para identificá-la é o diagnóstico com o auxílio do ultrassom. Com ele, é possível verificar com exatidão todos os detalhes e dimensões dos problemas causados no aparelho digestivo.

Para que se possa chegar ao diagnóstico da cólica equina, devem ser avaliados vários parâmetros como: 

Os achados à palpação retal: grau de dor, distensão abdominal, frequência cardíaca, respiratória e características do pulso, coloração das membranas mucosas, tempo de preenchimento capilar, temperatura retal, motilidade gastrointestinal e refluxo gástrico.


Os achados ecográficos, radiográficos, à endoscopia, à laparoscopia; e análise fecal: hematócrito, concentração plasmática de fibrinogênio, contagem de leucócitos; quantificação eletrolítica; análise de gases sanguíneos; quantificação das enzimas séricas, concentração de lactato plasmático, características do fluido peritoneal. 


Palpação Retal

Há uma grande variedade de procedimentos para o diagnóstico para a confirmação da cólica e para verificar a sua gravidade. Em alguns casos o médico veterinário pode sedar o cavalo para que ele fique mais confortável para a realização da palpação transretal.

É importante que o médico veterinário domine este tipo de exame, pois ele é decisivo para que seja determinado se o tratamento é ou não cirúrgico. Se durante o exame, o animal apresentar sensibilidade e desconforto, o problema pode ser considerado grave.


Ultrassonografia

Após avaliar a complexidade dos sintomas, a ultrassonografia servirá com instrumento de observação do abdome do animal. Com ela será possível observar a evolução do quadro clínico do animal pois distingue diferentes tecidos da cavidade por diferenças em sua ecogenicidade. Sem contar que a interpretação desses dados é imediata, o que é crucial em caso de emergências. 

A ultrassonografia permite avaliar diferentes regiões do trato gastrointestinal desde que o médico veterinário tenha conhecimento da sua topografia, tamanho, características anatômicas, conteúdos luminais e motilidade. 

Além disso, a frequência, a amplitude e a velocidade das contrações peristálticas que causam a cólica também podem ser avaliadas pelo modo B, modo M e doppler.

A ultrassonografia tem algumas limitações tais como amplitude do abdome equino, que impossibilita uma análise completa, ainda assim é um dos métodos mais eficazes para diagnosticar cólica equina. 

As imagens ultrassonográficas fornecem diversas informações que não podem ser obtidas a partir de outros métodos. Algumas delas são: 

A presença ou ausência de motilidade; avaliação das paredes intestinais quanto à presença de espessamento ou não; análise qualitativa e quantitativa do líquido peritoneal; avaliação do conteúdo presente nas diferentes porções do trato gastrointestinal; além de permitir o acesso a partes do abdômen que são inacessíveis por outros métodos, como a palpação retal. 


Desidratação: Se você puxar a pele do pescoço por exemplo do seu cavalo e ela demorar voltar é porque ele está desidratado.


Tratamento

A maioria dos episódios de cólica apresenta resolução com tratamento clínico, porém 7-10% são fatais amenos que tratados cirurgicamente.

Para o tratamento se deve avaliar a causa e as necessidades terapêuticas do equino que apresenta desconforto referente ao abdômen agudo, se tem três padrões de tratamento, são eles:

I – Tratamento clínico.


2 - Tratamento clínico que, na dependência da gravidade ou da evolução do quadro, poderão também necessitar de tratamento cirúrgico.


3 - Tratamento cirúrgico para a resolução definitiva. Desta forma se deve levar em consideração a indicação de tratamento cirúrgico em regime de emergência nos casos de grandes deslocamentos intestinais.


Prevenção

A origem da cólica equina, em sua maior parte, está ligada à alimentação. Uma vez que, a síndrome acontece quando os alimentos fornecidos ao equinos são inadequados, desbalanceados, muito triturados ou má distribuídos. O manejo nutricional ideal tem um papel fundamental para a prevenção da doença.

- Oferecer nutrientes adequados ao desenvolvimento do animal e em horários específicos são fundamentais para o controle da doença.

- Dar acesso a água limpa e fresca ao cavalo;

- Acompanhamento regular do cavalo por um médico veterinário;

- Fornecer na alimentação quantidade suficiente de pastagem ou feno (lembre-se sempre de molhar o feno).

- Saúde oral: se o cavalo não tiver uma dentição bem organizada ele não vai conseguir mastigar e vai ingerir fibras de tamanhos maiores que vão fermentar e causar cólicas.


Referências bibliográficas







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