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  • @juuliabrenda
  • 8 de fev. de 2024
  • 16 min de leitura

Entendemos por embocadura todo o instrumento usado pelo cavaleiro para atuar na boca de um cavalo, pelo comando das suas mãos, através das rédeas. Temos dois tipos básicos de embocaduras: o bridão e o freio.


É importante que sejam definidos conceitos que irão auxiliar na compreensão das corretas formas de utilização das embocaduras. Vamos começar definindo apoio e contato, numa linguagem usual da equitação:

Apoio: é a pressão exercida pelo cavalo sobre a embocadura. Este apoio franco é fundamental para que o animal possa desempenhar as suas funções com equilíbrio e impulsão satisfatórios.

Contato: é a ligação promovida pelo cavaleiro entre a sua mão e a boca do animal, através de tensão nas rédeas.

Apoio e contato são fatores interdependentes. O cavalo não tem como se apoiar na embocadura se o cavaleiro não promove uma tensão nas rédeas, estabelecendo o contato. O cavaleiro, por sua vez, não tem como entrar em contato com a boca do animal, se o mesmo se recusa a apoiar, fugindo da embocadura por medo e defesa.


Pontos de Pressão

Cada tipo de embocadura exerce pressão em uma região diferente, e por sua vez cada região gera um reflexo do cavalo diferente. As áreas de pressão podem ser: barras, língua, comissuras, palato, chanfro, queixo e nuca. O uso indevido das embocaduras pode causar dor e desconforto ao cavalo. Os cavalos por natureza se afastam da pressão, assim cada embocadura é projetada para obter uma reação diferente do cavalo. Ao usar um bridão, por exemplo, se você puxar a rédea esquerda para o lado, seu cavalo vai sentir pressão do anel direita no lado direito de sua boca, fazendo-o virar a cabeça para a esquerda, assim tentando afastar a pressão. Os diferentes pontos de pressão são os seguintes:

  • Ponte do nariz – É a área com cerca de 4″ a partir do topo da cavidade nasal(é a parte cartilaginosa do nariz).

  • Queixo –  A pressão é aplicada com a utilização de uma barbela.

  • Cantos da boca / lábios – É a área onde os lábios inferiores e superiores se encontram. Normalmente após colocar a embocadura costuma-se deixar duas rugas nos cantos da boca.

  • Barras/Assentos – É o vão entre os incisivos de um cavalo na frente e pré-molares na parte de trás.

  • Céu da boca/Palato – É a área no topo da boca de um cavalo. A altura e a forma do palato pode variar de cavalo para cavalo.

  • Nuca – É o ponto no topo da cabeça onde se encontra com o pescoço.

  • Língua – Alguns cavalos têm línguas grossas e outros têm línguas mais finas, por isso é importante manter isso em mente quando está escolhendo uma embocadura.


Partes do Freio

  • Alavanca – É a parte localizada acima da bocal. Com uma alavanca curta, o freio irá agir mais rápido na boca de um cavalo quando o cavaleiro puxar as rédeas. Com uma alavanca longa, o freio é mais lento para reagir e trabalha mais na nuca.

  • Perna – É a parte do freio que se encontra abaixo do bocal. Ele que lhe dará alavancagem no bocal. Quanto mais curto a perna, mais suave. Quanto mais longa, maior a ação e mais controle você tem.

  • Hastes – Esta se refere aos lados da embocadura. As hastes inclui tanto a alavanca quando a perna.

  • Portal – É a parte que fica no centro da boca do cavalo, proporcionando pressão ou alívio na língua.

  • Barras/Assentos – As barras e/ou assentos se acomodam justamente nas barras da boca do cavalo. Quanto mais próximas são as barras do freio, mais pressão é aplicada nas barras da boca do cavalo.


Tanto por suas características de ação como pela região em que agem no cavalo, bridão e freio têm efeitos diferentes: o bridão age levantando a cabeça e o pescoço do cavalo, enquanto o freio tem ação abaixadora da cabeça, além de induzir o flexionamento da nuca. De um modo geral, o bridão é uma embocadura de ação mais suave que o freio. Freio e bridão têm características próprias que resultam na maior ou menor intensidade de sua ação.


Bridão

O bridão por ser uma embocadura de ação mais suave que o freio, é usado no início da doma e pode ser usado até o final, desde que o domador seja habilidoso e o animal responda satisfatoriamente aos comandos. Se caracteriza por apresentar uma única argola onde se atam rédea e cabeçada. Esta argola encontra-se normalmente na mesma altura do bocal (parte da embocadura que age dentro da boca). Estas definições se traduzem no fato de que a ação do bridão se dá de forma direta, sem efeito multiplicador de forças. O bridão atua nas comissuras labiais, e por isso precisa ser ajustado a elas. A espessura recomendável do bocal está entre ¾ de polegada a 1 polegada, tem vários modelos, como:

Bridão de Argola

Favorecem a descontração do maxilar por permitirem a movimentação do bocado para cima e para baixo, em favor do efeito “bomba”, também indispensável para se obter o flexionamento da nuca.


Bridão em D


Bridão Dois Anéis


Bridão Oliva


Bridão Dois Anéis Grandes


Bridão Travincas ou Agulha


Bridão Elevador


Bridão Pessoa


Bridão Baucher


Bridão Tripartido


Bridão Espanhol


Freio

O freio apresenta argolas distintas onde se atam a cabeçada e a rédea. O bocal encontra-se normalmente numa posição acima da argola onde se atam as rédeas. A força aplicada pelas mãos chega à boca do cavalo com a maior intensidade, o uso do freio multiplica esta força, pela ação de alavanca que o caracteriza. O freio atua nas barras, região da mandíbula desprovida de dentes.


Os freios apresentam um número maior de detalhes que alteram a intensidade de sua ação. O comprimento da alavanca, perna ou hastes, e sobretudo a diferença entre suas porções inferior e superior, tornam o freio mais leve ou mais pesado, sendo mais leves os que apresentam a porção inferior mais curta, por um menor efeito multiplicador de força (alavanca). O fato de ter uma articulação entre a alavanca e o bocal torna o freio mais leve do que aquele que tem o bocal fixo a alavanca. Esta articulação amortece impactos e dissipa forças, tornando o freio mais leve. A forma do bocal também interfere na intensidade de ação do freio. Alguns freios apresentam uma curvatura no bocado, a passagem de língua, que como o próprio nome indica, permite a acomodação da língua sob a mesma. Desta forma o bocal se apoia diretamente nas barras, impedindo que a língua, entre barras e bocal, amorteça seu efeito. Com a passagem de língua, portanto, o freio torna-se mais pesado. O ajuste da barbela é ainda fundamental para o efeito do freio. Não deve ser muito apertada, por tornar muito forte sua ação, nem tão frouxa, o que resultará numa ineficiência da embocadura. Seu ajuste deve ser tal que permita pequena liberdade entre uma posição mais relaxada do freio, por relaxamento também das rédeas, e uma posição mais ajustada, ativa, pelo contato do cavaleiro através das rédeas.

Outros tipos de freio

Freio 2J ou 2 Jogos

Possui 2 pontos de articulação.


Freio 4J ou 4 Jogos

Possui 4 pontos de articulação.


Freio Hackmore

Enquanto o bridão e o freio trabalham dentro da boca do animal, o hackamore transmite os comandos pelo lado de fora com toques suaves pelas rédeas.


Freio Pelhan

Vulgarmente chamado de “freio-bridão”, é uma embocadura que apresenta características próprias, com argolas diferentes para rédeas se atarem, agindo distintamente como freio e bridão. Se as rédeas se atarem nas argolas do bridão, o efeito será desta embocadura. Caso as rédeas se encontrem atadas nas argolas de freio, a ação passa a ser desta outra. Pode-se ainda usar o Pelhan com quatro rédeas: duas atadas às argolas de freio e outras duas às argolas de bridão. De acordo com a posição das mãos, as ações se dividem com efeitos de freio e/ou bridão. Para tal, são necessárias habilidade e experiência do cavaleiro.


Outros tipos de Freio Pelhan

  • Freio-bridão em S


Freio-bridão Goyoaga Reto com Passadores

Freio-bridão Goyoaga Reto sem Passadores


Freio-bridão Goyoaga Partido com Passadores

Freio-bridão Western

Freio-bridão Borboleta


Freio-bridão Chifney ou Neco


Freio-bridão Bolinha ou Quatro Anéis


Embocadura leve: é a embocadura que tem efeitos suaves, quanto mais leve mais grossa a espessura do bocal.

Embocadura pesada: embocadura que tem efeito forte e mais atuante, quanto mais pesada mais fina a espessura do bocal isso porque quanto mais fino o bocal, mais cortante será sua superfície de contato, portanto mais agressiva, mais atuante.

Bocal Rígido: não tem articulações, tornando-o mais pesado.

Bocal Articulado: por ser articulado é mais leve e permite que a força das mãos seja dissipada, também favorecem a descontração do maxilar por serem elementos móveis na boca do animal.


O material no qual o bocal é constituído pode ainda gerar alterações de efeito nas embocaduras.

Bocal de Borracha: é menos agressivo que um de aço, portanto mais leve.

Bocal de Aço: é mais agressivo, portanto mais pesado.


O bridão de borracha tem seu uso recomendado para animais novos, que ainda são trabalhados com a focinheira, e servirá então para que o cavalo se habitue com uma embocadura dentro da boca. Neste caso, o bridão de borracha não deve ser acionado pelas rédeas, mas sim ajustado à boca pela cabeçada, e as rédeas só devem se atar à focinheira.


Além destas características comuns entre freio e bridão, outras particulares a cada uma das embocaduras resultam também em ações de maior ou menor intensidade.

No bridão, um bocal que corre livre na argola absorve melhor impactos provenientes dos movimentos, diferente do que ocorre com bocal fixos nas argolas. Desta forma, quanto maior o diâmetro das argolas mais livre ficará o bocado. Para animais em início de adestramento, é sugerido o uso de um bridão leve, que permita um apoio franco do cavalo. Sugere-se um bridão de agulha ou travincas. Esta embocadura se caracteriza por apresentar prolongamentos laterais a partir das argolas, chamadas de agulhas. Quando se procura desviar lateralmente a cabeça e o pescoço de um animal novo, ainda sem flexionamento, indicando-lhe a direção a seguir, é comum que o mesmo apresente uma reação a este comando, não cedendo à ação do cavaleiro. As agulhas vão impedir que o bridão corra e venha a sair da boca do animal, por estarem apoiadas na face externa da bochecha.

A elevação da base do pescoço dependerá do aumento do engajamento dos membros posteriores, e da resistência das mãos do cavaleiro sobre a embocadura. Esta mudança de postura pode ser obtida com o uso o bridão de agulha, ou mesmo com o bridão em “D”. que favorece o apoio.


Salivador

A descontração do maxilar do cavalo é uma meta a ser perseguida, principalmente quando monta animais de apoio muito pesado. Algumas embocaduras são dotadas de pequenos anéis de cobre, que envolvem a parte central do bocal. Sob o efeito destes anéis o animal é induzido a “brincar” com a embocadura, mascando-a suave e continuamente, na tentativa de degluti-la. Chama-se de efeito bomba a subida e descida do bocal quando desta atitude do cavalo. Este efeito sinaliza para o cavaleiro a descontração do maxilar. Observa-se a produção de espuma na boca do cavalo, provocada por uma salivação intensa. Por este motivo dá-se a este acessório o nome de salivador.


Cavalos que não se apoiam com confiança na embocadura podem ter este apoio favorecido por instrumentos de bocado fixo. O bridão em “D” é um exemplo que, ao contrário do bridão de argola, limita a movimentação para cima e para baixo do bocal.


Em animais que se apresentam já bem apoiados e com um pescoço com base sustentada, bem posicionado, deve-se promover o flexionamento da nuca. Como já foi citado, o bridão de argola facilita a descontração do maxilar, indispensável para se obter o flexionamento da nuca, passo seguinte ao posicionamento correto do pescoço. As embocaduras dotadas de salivador podem ser um recurso avançado para animais que, não descontraindo o maxilar, não flexionam a nuca.


Em casos mais rebeldes, em que o animal não aceita o flexionamento da nuca pelo uso do bridão, pode-se usar o freio, que pela própria forma de ação não só é mais pesado, geralmente, que o bridão, como também promove o flexionamento da nuca. Deve-se ter sempre em mente que tal mudança de postura deve ser conseguida pela descontração do maxilar, e nunca pelo uso da força. Deve-se cuidar, no entanto, quando do uso de embocaduras com salivador, para que seu efeito não venha a ser tal que desapoie o animal pelo excesso de descontração do maxilar! O uso das pernas gerando impulsão e já indispensável em qualquer fase do adestramento, é também de fundamental importância para que se evite estes casos.


Algumas embocaduras especiais apresentam características próprias, como bocais finos e retorcidos, pernas muito longas, passagem de língua demasiadamente alta, cuja utilização quase nunca é apropriada para cavalos marchadores. Por apresentar um bom temperamento de sela, fácil aceitação dos comandos e ainda uma conformação leve.


Como escolher o freio ou bridão ideal para o seu cavalo

Grau de severidade

O grau de severidade dos freios e bridões são 3 níveis que podem variar para mais ou para menos de acordo com a mudança em uma ou todas as partes dos freios e bridões. Os 3 níveis de severidade são: SEVERO, MODERADO e BRANDO (Suave). O grau de severidade deve estar relacionado com a sensibilidade do animal e com o tipo de treinamento que se esteja fazendo com o ele. A partir destes 3 níveis será possível definir uma Altura de Bocal, um Diâmetro de Bocal, um Grau de Articulação e o Tipo de Bocal para seus freios e bridões. Por conta disso é possível ter um freio Moderado com características Severas ou vice e versa. 


Altura do Bocal

Os freios possuem 3 alturas de bocal de acordo com o grau de severidade da ação do equipamento na boca do animal.

Freio número 1: possuem Bocal Alto, têm altura aproximada de 5 cm, ação severa;

Freio número 2: possuem Bocal Médio, tem altura aproximada de 3,5 cm, tem ação moderada;

Freio número 3: são os freios com Bocal Baixo, possuem altura aproximada de 2 cm, possuem grau de ação brando.


Diâmetro do Bocal

O diâmetro do bocal é a espessura em que ele é fabricado e pode ser tanto para freios como para bridões. Quanto mais fino for o bocal maior é o grau de severidade com que o equipamento atua na boca do animal, por outro lado quanto mais grosso for menor será o grau de severidade, tendo assim uma ação mais branda na boca do cavalo.


Grau de Articulação

O grau de articulação é o movimento que os equipamentos executam durante o trabalho na boca do cavalo, quanto maior o número de articulações, maior é o alivio da pressão sobre a boca do animal e consequentemente mais brando é o grau de severidade.

Freio sem articulação.


Modelo 2J

Os freios com dois pontos de articulação chamados como freios 2 jogo ou apenas 2J. Este freio apresenta conexão articulada entre o bocal e a haste do freio, estes freios conseguem tirar um pouco mais a pressão da boca do animal durante os trabalhos e por isso pode ser classificado como moderado a alta severidade.


Modelo 4J

Os freios 4 Jogo ou 4J são freios que possuem mais um par de articulação entre o assento e o centro do bocal. Por ser um modelo de freio mais articulado que os demais ele tem a capacidade de tirar um volume maior de pressão da boca do animal durante os trabalhos e por isso os freios com estas características tendem a ter um grau de severidade menor em relação aos demais.


Tipo de Bocal

Os tipo de bocal que podem ser encontrados em freios e bridões também apresentam um certo grau de Severidade ao animal, porem com menor relevância que os demais pontos citados anteriormente. Os modelos mais comuns são os lisos ou normal, torcido e o estrela.

Freios e Bridões com Bocal Liso

Estes por sua vez não apresentam aspereza que venha a aumentar o grau de severidade da ação de trabalho, na foto a seguir é possível ver um freio com o bocal liso e em formato de “U” invertido e um bocal de bridão liso.


Freios e Bridões com Bocal Torcido

Este modelo de bocal é feito através da junção de duas barras de ferro torcidas entre si causando o efeito de enrolado. Equipamentos com este tipo de bocal apresentam um grau elevado de severidade durante a ação na boca do animal e por isso deve ser usado com cuidado. 


Freios e Bridões com Bocal Estrela

Este tipo de bocal é muito similar ao anterior, porem a sua forma de fabricação é um pouco diferente, este modelo de bocal originalmente é quadrado e depois torcido causando um efeito semelhante ao torcido porem com uma linha um pouco mais afiada (também pode ser encontrado em forma de “U” invertido). Este modelo assim como o anterior devem ser usados com muito cuidado pois podem causar danos severos a boca do animal. 


Classificação das hastes do freio

Linha Leve

Os freios da linha leve são produzidos em ferro galvanizado ou ferro pintado. Este tipo de freio é mais fino fabricado em barras redondas com diâmetro de aproximadamente 5/16” (7,938mm).

Tipo de haste: os freios da linha Leve possuem hastes feitas em barras redondas e podem ser encontrados no formato Curvo ou S.

Altura do bocal: o bocal dos freios da linha leve normalmente são em formato de “U” invertido e possuem 3 tamanhos, que estão classificados em Bocal Alto, Bocal Médio e Bocal Baixo.

Diâmetro do bocal: são conhecidos como leves por apresentarem um diâmetro fino, ou seja, todos os freios desta linha têm bocal com diâmetro aproximado de 5/16” (7,938mm). Por consequência de sua espessura mais fina estes freios apresentam um grau de severidade maior em relação aos demais.

Articulação dos freios: Os freios da Linha Leve possuem as variações Duro ou 2J.


Linha Padrão

Possuem as mesmas características de haste que os freios da linha leve, porém com diâmetro de 1/2” (12,7mm) e uma variação maior quanto ao material que são produzidos, podendo ser encontrados em ferro galvanizado, ferro pintado, inox e inox com bocal de ferro.

Tipo de haste: são feitas em barras redondas e podem ser encontrados no formato curvo ou S. Possuem diâmetro de aproximadamente 5/16” (7,938mm) e comprimento aproximado de 21 cm (distância entre argolas).

Altura do bocal: o bocal dos freios da linha leve normalmente são em formato de “U” invertido e possuem 3 tamanhos, que estão classificados em Bocal Alto, Bocal Médio e Bocal Baixo.

Diâmetro do bocal: todos os freios desta linha têm bocal com diâmetro aproximado de 1/2” (12,7mm). Por conta de sua espessura, estes freios apresentam um grau de severidade moderado em relação aos demais.

Articulação dos freios: possuem 3 variações de articulação dos freios, é possível escolher entre os freios Duro, 2J ou 4J.



Linha Crioula

Tipo de haste: possuem hastes feitas em barras redondas e achatadas em formato de S.

Tem o comprimento aproximado de 21 cm (distância entre argolas).

Altura do bocal: são feitos em formato de “U” invertido e possuem 3 tamanhos, que estão classificados em Bocal Alto, Bocal Médio e Bocal Baixo.

Diâmetro do bocal: possuem um bocal grande, ou seja, todos os freios dessa linha têm bocal com diâmetro aproximado de 5/8” (15,875mm). Por consequência de sua espessura elevada esses freios apresentam um grau de severidade brando em relação aos demais.

Articulação dos freios: possuem 3 variações entre os freios Duro, 2J ou 4J.


Linha Capão

São uma variação dos freios da linha crioula e uma variação completa quanto ao tipo de material.

Tipo de haste: possuem hastes feitas em chapas de ferro cortadas no laser com espessura superior para segurar o tranco do trabalho, além disso possuem perna em formato de S.

As hastes destes freios possuem comprimento aproximado de 21 cm (distância entre argolas).

Altura do bocal: são feitos em formato de “U” invertido e possuem 3 tamanhos, são Bocal Alto, Bocal Médio e Bocal Baixo.

Diâmetro do bocal: tem um bocal grande, ou seja, todos os freios dessa linha têm bocal com diâmetro aproximado de 5/8” (15,875mm). Por consequência de sua espessura elevada esses freios apresentam um grau de severidade brando.

Articulação dos freios: possuem 3 variações, entre os freios Duro, 2J ou 4J.


Linha Campeira

São produzidos da mesma forma que os freios da linha Capão, possuem uma variação completa ao tipo de material.

Tipo de haste: as hastes são feitas em chapas de ferro cortadas no laser com espessura superior para segurar o tranco do trabalho, além disso possuem haste em formato curvo ou reto. As hastes possuem comprimento aproximado de 21 cm (distância entre argolas).

Altura do bocal: são feitos em formato de “U” invertido e possuem 3 tamanhos, são Bocal Alto, Bocal Médio e Bocal Baixo.

Diâmetro do bocal: tem um bocal grande, ou seja, todos os freios dessa linha têm bocal com diâmetro aproximado de 5/8” (15,875mm). Por consequência de sua espessura elevada esses freios apresentam um grau de severidade brando.

Articulação dos freios: possuem 3 variações, entre os freios Duro, 2J ou 4J.


Linha de Freios Especiais

Os freios que serão mostrados a seguir tem variações dos freios apresentados anteriormente, porém com algumas características próprias de cada modelo.

Freios com Coscorra

Eles tem as mesmas características que os freios da linha Padrão, mas apresentam um rodilho salivador entre o portal do bocal.


Freios Bocal de Cobre

São produzidos com o bocal em cobre que facilita a salivação do animal, além disso possuem as mesmas características de hastes que as demais linhas porem estas são fabricadas em Aço Inoxidável. Os freios podem ser encontrados nas 3 variações de altura.


Freios Bob Lumes e Chupeta

Possuem variações quanto ao ângulo das hastes e o formato do bocal. O bocal é em formato de “U” invertido porem ao invés de ser roliço, ele é fabricado em barra quadrada. Já o bocal dos freios Chupeta tem as mesmas características porem são achatados na ponta do bocal. Estes freios são muito utilizados na doma racional.


Freios Levantador

Este modelo de freio também é muito utilizado na doma racional, ele apresenta uma característica muito peculiar que é ter o bocal móvel entre as hastes, tem as opções de bocal com corrente ou bocal de bridão, e os materiais entre Inox com bocal de ferro ou todo em ferro.


Freios Rolete

A principal característica destes freios são a inclusão de 2 feixes de rolete entre as hastes e o portal. Estes freios possuem um diâmetro próprio de bocal de aproximadamente 9/16” (14,288mm) e as mesmas características de hastes que os freios da linha Padrão e os Bob Lumes, além disso é possível escolher com articulação 2J ou 4J.


Tipos de materiais que os freios e bridões são fabricados

Algumas opções de materiais são:

Ferro: o ferro está propício a enferrujar. A ferrugem acaba produzindo um doce gosto de que por sua vez estimula a salivação.


Ferro Galvanizado

É um material de ferro que foi revestido com uma camada de zinco para ajudar o metal a resistir à corrosão. Freios e Bridões com este material possuem todas as partes feitas em ferro galvanizado, desde hastes, bocal, argolas e barbelas.


Ferro Pintado

O ferro pintado é um material mais rústico banhado com verniz para acabamento. Todas as partes do freio são em ferro pintado exceto as barbelas que continuam sendo em ferro galvanizado.


Inox

O aço inoxidável é uma liga de ferro e crómio, podendo conter também níquel, molibdénio e outros elementos, que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica.

Estes elementos de liga, em particular o crómio, conferem uma excelente resistência à corrosão quando comparados com os aços carbono. Os freios e Bridões que apresentam este tipo de material são totalmente produzidos com eles, os freios que apresentam este tipo de material ainda permanecem com a barbela e contra barbela em ferro galvanizado.


Inox BF

Os freios e bridões que possuem este tipo de material apresentam características do material inox e do material ferro. Este tipo de material é muito usado pois possui hastes e argolas em inox e bocal em ferro o que ajuda na salivação do animal, permanecem com as barbelas feitas em ferro galvanizado.


Cobre

O Cobre é um metal mais macio comparado aos demais e é ótimo para estimular a salivação do cavalo.


Fios de Cobre

Assim como o cobre, os fios de cobre também estimulam a salivação e são frequentemente encontrados em embocaduras de ferro e aço inoxidável.


Referências bibliográficas































  • @juuliabrenda
  • 6 de fev. de 2024
  • 7 min de leitura

O arreio é a estrutura que se veste num cavalo para realizar um esporte, raça, gosto pessoal, tamanho do animal e cavaleiro, trabalho ou lazer. Como o arreio é utilizado para qualquer tipo de montaria existem vários modelos de arreios determinados para cada função. O estilo de arreio pode mudar não somente dependendo para o fim que é destinado como também na região que é usado.


Selas

Basto

O basto é um tipo de sela muito usada em rodeios, cavalgadas e provas em geral, é muito utilizada na raça Crioula, é maior que os outros modelos de sela e pode proporcionar mais conforto dependendo do gosto pessoal. O basto tem vários modelos, confira-os abaixo:

Sela Basto Marreca



Sela Basto Modelo Freio de Ouro



Sela Basto Modelo Toro



Sela Basto Modelo Chileno



Sela Basto Modelo Banana



Sela Basto Modelo Ponteado



Sela Americana

A sela americana é uma sela para trabalho, lazer, cavalgadas e provas em geral, como três tambores, baliza e laço. Ela é considerada longa, um pouco mais pesada, traz uma cabeça proeminente e pito para facilitar ao amarrar a corda para o laço. Muito utilizada nas raças Quarto de Milha, Campolina e Crioula, tem diversas cores. O assento é largo e profundo, o pito é alto, assim como os flaps e os estribos são largos. Algumas ainda possuem apoios para mãos e são decoradas com conchos e outros detalhes, que podem variar em estilo e design. 



Sela Australiana

Dentre os tipos de selas, esse é um dos mais usados para a lida no campo. Esse modelo tem a patilha mais alta, é maior, mais robusto e o seu assento é mais profundo. Com isso, proporciona um encaixe firme para que o peão possa cavalgar por terrenos acidentados, como morros e trilhas, cercar os animais e realizar manobras bruscas. Caso caia ou precise picar correr, como a cabeça é baixa, ele não fica preso. Também utilizada para cavalgadas e lazer, tem diversas cores e possui variação de modelo:



Sela Australiana com Cabeça



Sela Australiana MM



Sela Portuguesa

A Sela Portuguesa é um tipo específico de sela para cavalos com origem em Portugal. As selas portuguesas são produzidas com couro de porco para serem mais macias e elásticas, e têm uma armação metálica para garantir a sustentação e a resistência. É muito usada para passeios, equitação e tourada, e apresenta um assento proeminente e elegante.



Sela Inglesa

Também conhecida como sela de salto a sela inglesa é muito utilizada na prática de esportes, por permitir a maior mobilidade do competidor, por ser é menor, mais leve, rasa e não apresentar pito. Assim, facilitando fazer o movimento de subida e descida com mais agilidade, sem limitar os movimentos do animal, nem gerar uma sobrecarga desnecessária. Ela ainda tem apoios para o joelho e coxa, ajudando o cavaleiro a manter uma posição estável e segura, além de suportes para estribos, sendo usados para apoiar os pés do cavaleiro. Por ser menor e mais elegante, ela também é usada na cidade, em policiamento a cavalo, a sela inglesa tem modelos diferentes:



Sela Inglesa para Equoterapia

Este tipo de sela serve para um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.




Sela Cachoeirinha

A sela cachoeirinha é uma sela feita especialmente para o esporte vaquejada, utilizada com a manta forro ou borboleta, na raça Quarto de Milha.



Manta

A manta nas suas diferentes finalidades e matérias-primas, serve como proteção, amortecimento, conforto e suporte para uma sela. Outros benefícios podem ser citados, como absorção de impacto no dorso do animal, melhor desempenho, demonstram resultados ortopédicos quando necessários, entre outros. Existem variações no seu formato, matéria-prima e modalidades em caso de competições, confira-as:

Manta Americana

A manta americana é muito versátil, tem diversas cores, muito utilizada na raça quarto de milha, com a sela americana ou australiana, pode-se usar para esportes, passeios e lazer.



Manta Mangalarga Marchador

A manta como diz o nome é usada na raça MM, tem diversas cores, é utilizada com a sela australiana e a sela americana, pode-se usar para esportes, passeios e lazer.



Manta Borboleta

Usada em sela australiana, também na raça MM.



Manta Forro

Muito usada na sela cachoeirinha, com a raça Quarto de Milha, no esporte vaquejada.


Anatomia da Manta


Manta Neopreme

É produzida com feltro e neoprene, com 4 aberturas em cima para reter o suor do cavalo, protegendo e dando maior conforto para o animal, utilizada para laço, com a sela americana. 



Manta para Equoterapia

A manta para equoterapia tem diversos modelos:



Baixeiro

Modelo de manta, que pode ser de lã de fibra, acrílico ou lã de ovelha/carneiro. É muito utilizada na raça crioula, com qualquer modelo da sela basto, pode-se usar para esportes, passeios e lazer.

Lã Acrílica




Lã de ovelha/carneiro trançada



Lã de ovelha/carneiro batida/prensada ou Xergão



Cabeçadas

A cabeçada é o que prende a embocadura e a rédea, pode ser de couro de bovino, caprino ou corda, ela possui diversos modelos:

Cabeçada de uma orelha

Surgiu nos Estados Unidos em função da Raça Quarto de Milha, nos trabalhos de campo, também foi criada para os cavalos com mania de ficar coçando/limpando a cabeça para não retirarem a cabeçada.



Cabeçada Gil



Cabeçada Vaquejada


Cabeçada de Soleta Americana


Cabeçada de Soleta Indiana


Pelego

É feito do couro de carneiro ou ovelha, com sua lã, natural ou tingida de diversas cores e tamanhos, colocado sobre qualquer modelo de sela basto, para permitir ao cavaleiro uma cavalgada mais confortável.

Pelego Cochonilho ou Coqueiro



Chincha e Sobrechincha

O Travessão ou Chincha serve para segurar as encilhas na hora de encilhar o cavalo. Tem diferentes modelos. A sobrechincha vai em cima do pelego, ela só segura o pelego por isso é mais fina. Tem diferentes modelos.


Barrigueira e Cilha

A barrigueira é a parte da chincha que vai na barriga do cavalo, tem diferentes modelos e cores. A cilha é a parte da sobrechincha que vai na barriga do cavalo, tem diferentes modelos e cores, aqui estão alguns deles:

Barrigueira e Cilha em Neopreme


Barrigueira e Cilha em Lã


Barrigueira e Cilha de Corda


Barrigueira e Cilha de Faixa/Fita de Algodão


Látego e Contra-látego ou Latico e Contra-latico

O látego e contra-látego são usados para prender a chincha e a sobre-chincha na barrigueira e na cilha, podem ser de diversos materiais como fita, couro ev, couro crú entre outros.


Caneleira

A principal função das caneleiras é a proteção contra impactos evitando que o cavalo, ao bater uma pata na outra ou em algum obstáculo por acidente, se machuque. Pode ser usada em qualquer raça, ela tem diversos modelos:

Caneleira Pino

É um acessório de proteção essencial para quem pratica cavalgada, equitação, hipismo, treinamento e vaquejada. Feita com pinos de aço inoxidável e forro de neoprene, oferece conforto e segurança ao cavalo durante as atividades. O seu design é especialmente desenvolvido para cavalos da raça Quarto de Milha, proporcionando um ajuste perfeito.


Caneleira Pelúcia

Utilizada para apresentações.


Caneleira

Caneleira revestida em borracha de E.V.A. interna e externamente variando entre curvim e lona. Toda lisa com fechamento em tiras autocolantes, para melhor fixação.


Caneleira de Couro Neopreme

A forma anatómica da estrutura rígida limita o risco de pressão nos tendões e oferece ao cavalo uma boa liberdade de flexão nos joelhos e boletos. Utiliza-se em esportes equestres mais comuns em vaquejada, cavalgadas. Para qualquer raça.


Caneleira Neopreme com Velcro

Caneleira para cavalo produzida com neoprene na parte inferior para dar um melhor conforto ao animal, previne lesões e uma elevada proteção.


Caneleira para Esbarro


Boleteira

A boleteira é amarrada no osso do boleto para proteger.

Boleteira Neopreme

Proteção dos boletos do cavalo durante o exercício, esportes equestres, vaquejada, saltos e cavalgadas.


Cloches

Cloche Pvc Borracha

Fabricado em PVC, tem alta absorção de impactos, é muito resistente ao desgaste e rasgos. É em fechamento de velcro que é fácil e simples de usar.


Ligas

Liga de Trabalho

Liga de Trabalho para cavalos, feita em tecido Fleece com fechamento em velcro. O Tecido Fleece é desenvolvido para o esporte ao ar livre. Ele mantem o corpo aquecido e não bloqueia a transpiração. A Liga de Trabalho é utilizada para a proteção dos tendões do animal durante exercício intenso.

Deve ser colocada antes e retirada após o trabalho.


Liga de Descanso

Liga para descanso produzida em tecido Fleece; Fechamento em fecho de contato; produto bonito e de alta durabilidade; proporciona elegância ao animal além de ser fundamental para a conservação da sua saúde.


Carona

A carona é feita de couro ou lona, vai em cima do xergão/manta, serve para evitar o contato da manta suada com a sela, pode ter as costas fechadas ou com aberturas para melhor respiração da manta, possui diversos modelos:

Carona de Couro


Carona de Couro com Aberturas


Carona de Lona


Baldrana

Normalmente feita de camurça com bolsos traseiros, vai em cima da sela, presa com a sobre-cincha para dar conforto e mais armazenamento nos arreios, é utilizada em selas bastos ou em sela australiana, serve para carregar itens mais pequenos, tens diversos modelos.


Baldrana de Vaqueta

A Baldrana de Vaqueta é feita de couro de búfalo, serve para proteger o cochonilho/pelego, para carregar itens pequenos.



Alforge

Bolsa ideal para carregar diversos objetos e utensílios em trabalhos, cavalgadas e passeios. Utilizado em sela australiana e americana, ele vai preso atrás da sela com couro ou nylon.


Alforge Térmico

Para carregar alimentos e bebidas.


Alforge de Couro


Arreios completos

Arreio Equoterapeutico



Hipismo


Laço Comprido



Três Tambores



Vaquejada



Referências bibliográficas







































































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