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  • @juuliabrenda
  • 22 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

O cavalo é um animal muito ativo e realizam diversas atividades, buscando alimentos, conforto e socializando com outros animais do seu grupo, seu comportamento é baseado nos instintos de sobrevivência e reprodução.


Uma palavra é fundamental no dicionário de quem lida com cavalos é “rotina”.

Fazer o manejo diariamente, seguindo uma rotina com horários certos para o fornecimento da comida, para o treinamento, banho, entre outras ações, ajuda muito na redução do risco de distúrbios e até mesmo na redução do estresse de baia, além de ajudar a identificar quando algo não está bem.


Instalações

Cocheiras/Baias

É preciso muito cuidado para garantir que o cavalo tenha um ambiente agradável e realize um rolamento completo. Também é preciso cuidar a ventilação, iluminação adequada, limpeza e não se esquecer de utilizar camas confortáveis. 

Cuidado especial também deve ser dado ao local de armazenamento dos alimentos. Esses devem ser secos, ventilados e limpos com frequência.


Piquetes

O cavalo precisa ficar em um ambiente externo por pelo menos 4 horas diárias.

O espaço deve conter áreas de sombreamento, água limpa em abundância e pastagem de qualidade, proteção contra ventos excessivos e chuva, além de uma dimensão condizente com a quantidade de animais.


Nutrição

Os cavalos possuem um comportamento alimentar diferenciado e são altamente seletivos. Eles são animais herbívoros, especializados na digestão de fibras. No entanto, todos necessitam de água, carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e gorduras.

Deve-se levar em consideração diversos fatores, como: o sistema digestivo, idade, raça, peso, fase da vida, estado reprodutivo, tipo de uso, entre outros. 

Após o fornecimento de ração deve-se aguardar um período de pelo menos uma a uma hora e meia para o fornecimento do feno. Isso porque o processo de digestão e a absorção dos nutrientes da ração, que deve ser realizada no Intestino Delgado, precisam de um tempo mínimo para ocorrer. Quando fornecemos o feno (fibra), ele aumenta mais ainda a taxa de passagem neste compartimento e funciona como uma “vassoura”, arrastando todo alimento desse compartimento para o Intestino Grosso e aumentando o risco deste alimento fermentar e criar um quadro de cólica.


Os que são criados exclusivamente livres nas pastagens, vão necessitar de mais energia, água e nutrientes. Sendo assim, é fundamental investir na qualidade da forragem e na suplementação alimentar com ração e feno, por exemplo.  


Mudanças na dieta devem ser feitas aos poucos, ao longo de vários dias, e com muito cuidado. Assim é possível evitar problemas no intestino, como cólicas e diarreias.


Atividades físicas

Quando falamos de treinamento físico tem inúmeros cuidados que devemos tomar, para evitar lesões, cansaço extremo entre outros. Com um devido programa de treinamento a estrutura e o metabolismo trabalham para alcançar o máximo de eficiência, visando o bem estar e aprendizado do cavalo.


Higiene

A higiene do cavalo pode ser dividida em três partes: higiene bucal, do corpo e dos cascos.

Higiene bucal: a higiene bucal do cavalo deve ser anual pois serve para prevenir o aparecimento de problemas graves;

Higiene do corpo: manter o corpo do cavalo limpo, seja com escovação para remover sujeira ou banho para retirar suor, entre outros;

Higiene dos cascos: manter a limpeza dos cascos do cavalo é de total importância para o cavalo, já que o casco é a base de sustentação de todo peso do animal, interfere na saúde das articulações e tendões, na qualidade da locomoção e no desempenho durante o trabalho.


Saúde

O cavalo sadio dispõe de um bom condicionamento físico e mental. Para assegurar sua saúde, esteja sempre em dia com os programas de vacinação e vermifugação para evitar possíveis doenças.


Boas práticas no manejo equino podem trazer muitos benefícios para o animal e o criador. É muito importante observar o comportamento do cavalo, para entender qual procedimento alimentar ou de treinamento melhor se aplica a ele. O bom manejo deve evitar situações de estresse, garantir o bem-estar e o bom desenvolvimento do cavalo.


Referências bibliográficas






  • @juuliabrenda
  • 23 de fev. de 2024
  • 10 min de leitura

O casco é a cobertura córnea ou unha grossa, equivalente ao dedo médio humano, consistindo de três ossos conhecidos como primeira, segunda e terceira falanges. O casco envolve a terceira falange, o osso navicular e parte da segunda falange, sendo uma estrutura especializada, projetada para resistir ao desgaste, suportar o peso do animal e absorver o impacto, reduzindo assim o surgimento de injúrias no aparelho locomotor. O anterior é maior e mais oblíquo que o posterior.


É formado de epitélio de queratina (O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado contêm abundante quantidade de queratina, de modo a prevenir a perda de água e a penetração de agressões químicas e físicas). A sua estrutura externa é composta por: muralha do casco, ranilha, sulcos da ranilha, lacunas, barras laterais, vértice da ranilha, ramos da sola (palma), quartos ou ombros, pinça, talões, bulbo, sola e linha branca.


Ranilha

Uma importante função da ranilha é a de atuar como um elemento amortecedor do impacto nos cascos e auxiliar na irrigação sanguínea para o interior dos cascos. Deve ser mole, elástica e forte, bem desenvolvida e conformada, estando sempre em perfeitas condições de saúde.


Matéria Córnea

A matéria córnea do casco deve ser escura, rija e dotada de certa elasticidade, apresentando superfície lisa, íntegra e brilhante.


Forma

O casco dever ser simétrico e ter as partes anterior e inferior mais largas; a pinça deve ter o dobro do comprimento dos talões e formar um ângulo de cerca de 50º com a horizontal; o períoplo, reto e inclinado de diante para trás; a face plantar, larga; sola côncava; ranilha volumosa, bem feita, elástica e forte; lacunas largas e bem acentuadas.


Os cascos podem ser considerados bonitos quanto ao volume, à forma, à qualidade da matéria córnea e aos aprumos. O pé deve ser relativamente volumoso, porém o seu tamanho depende da raça e do tamanho do animal.


O casco também é uma forma de defesa que o cavalo possui, pois, para dar o coice o cavalo utiliza os cascos, o coice é feito sempre para trás, nunca para os lados, pois o cavalo possui ligamentos que não permitem a movimentação dos membros posteriores para a lateral.


O casco, embora pareça uma parte do corpo estática, está sempre num processo dinâmico de mudanças as quais dependem da raça, da idade, do tipo de atividade desempenhada e a sua maior ou menor intensidade.


Casco dos potros

O potro recém-nascido possui um casco pontudo, estreito, muito mole e com a base coberta com um invólucro delicado e córneo. Este, porém, cai em poucos dias e o desenvolvimento do verdadeiro casco se inicia.


Quando o potro tem 3 meses de idade, pode-se começar a usar uma faca própria para o preparo do casco. O exame frequente dos cascos dos potros e a manutenção deles sempre limpos e aparados irá ajudar muito para um perfeito desenvolvimento. Os animais jovens também devem se exercitar bastante em terrenos secos, pois os cascos irão se formando de modo uniforme, podendo ser necessário apenas, ocasionalmente, raspar e arredondar as bordas da pinça a fim de se evitar quebras da parede.


Quando os potros permanecem na baia por muito tempo, não gastam os seus cascos e, nesses casos, deve ser raspados e limpos uma vez por semana.

As solas e fendas da ranilha devem ser examinadas e todo o pé lavado com regularidade.


Crescimento dos cascos

O crescimento acontece porque as células do corpo mucoso proliferam de maneira contínua e vão se queratinizando, de tal maneira, que a córnea vai se renovando sem cessar, por justaposição de novos elementos, cada nova camada de córnea que se forma empurra a camada formada antes, determinando o crescimento do casco. Esse crescimento é de cima para baixo e cresce até 8,5 milímetros por mês. Em um ano os talões terão crescido um centímetro mais que a pinça.


Regeneração

O casco possui, ainda, a capacidade de regeneração (queratogênese), é feita a formação de novo tecido córneo para reparar uma porção do casco que foi destruída. A renovação total da córnea se faz em nove a dez meses na região da pinça e em três a quatro meses nos talões, sendo um pouco mais rápida nos pés traseiros. Alguns fatores podem influenciar ou não na regeneração do casco, são eles:

Raça — nos cavalos de raça pura, a regeneração do casco é mais rápida;

Idade — a regeneração é mais rápida quanto mais novo for o cavalo;

Exercícios — os exercícios ativam a regeneração por estímulo direto dos órgãos encarregados da formação da córnea e por acarretar o aumento do extravasamento do plasma sanguíneo;

Comprimento do casco — o excesso de casco se opõe à descida das camadas de nova córnea, acarretando compressão da matriz;

Mau ferrageamento — a má ferragem, quando influi de uma maneira desfavorável sobre a nutrição do pé, fatalmente prejudicará o crescimento;

Aprumos — num cavalo mal aprumado (é o posicionamento correto dos membros do cavalo, proporcionando sustentação e equilíbrio perfeitos, seja em estação ou em movimento), o crescimento da camada córnea é maior nas regiões que sofrem menos peso;

Inflamação do Bordalete — os estados congestivos do bordalete aumentam a sua atividade funcional, observando-se um engrossamento da parede;

Manqueiras — na manqueira, a falta de atividade da extremidade locomotora, é seguida de uma diminuição do crescimento do casco, por falta de estímulo do bordalete;

Alimentação — os efeitos de uma alimentação de qualidade se refletem sobre todas as funções orgânicas, inclusive a queratogênese.


Casqueamento e Ferrageamento

Tanto o casqueamento e o ferrageamento tem como finalidade não somente a manutenção dos cascos, mas também o equilíbrio do animal.

Ao analisar, considere basicamente que o corpo do cavalo deve ser dividido em três partes iguais, como mostrado na figura abaixo.

Verifique se, ao traçar linhas como as vistas na figura, são obtidos ângulos o mais próximo possível do que é mostrado.


Projeções de linhas que indicam equilíbrio entre as partes do corpo de um equino. Ângulos abaixo de 48° são considerados “achinelados”, enquanto acima de 56° são considerados muito levantados (encastelados).


Deve-se fazer a verificação do equilíbrio do animal por meio da observação do centro de suspensão dos membros anteriores e posteriores e do eixo direcional, em que:

— O centro de suspensão diz respeito ao ponto em que os membros se interligam ou se apoiam no tronco.


— O eixo direcional se refere à linha que une o centro de suspensão ao centro de apoio. Quanto mais verticais são os eixos direcionais, maior é a sustentação do corpo com mínimo de fadiga da estrutura corporal.


Também o centro de gravidade (o ponto onde se concentra o peso de todo o corpo do cavalo e onde ele se apoia) tem de ser considerado.


Nos equinos, os membros anteriores suportam 60% do peso total do corpo. Isso quer dizer que esses membros são mais exigidos por isso, estão mais sujeitos à incidência de claudicação nesses membros.


Por isso o casqueamento e o ferrageamento desses membros merece atenção redobrada, embora se deva tomar cuidado também com os membros traseiros, sobre os quais o animal se apoia quando faz esforços de tração, em arrancadas ou nos saltos.


Essa variação de esforços, em função do tipo de atividade realizada pelo animal, acaba determinando que o centro de gravidade possa variar de forma previsível conforme a classificação do animal. Nos equinos usados em corridas, como os membros são mais longos e um pouco afastados, o centro de gravidade, normalmente, é mais avançado, o que as torna mais velozes. Já raças consideradas mais aptas à tração, normalmente, apresentam membros curtos e mais afastados, de forma que o eixo de gravidade fique mais centralizado, o que aumenta a estabilidade do animal. Por outro lado, para as raças mais usadas para sela, que suportam o peso da montaria por períodos mais prolongados, o ideal é que o centro de gravidade seja um pouco mais recuado, para que esse esforço seja suportado de forma menos desgastante.


Além de saber, verificar o equilíbrio do animal, deve-se também conhecer o nome de cada parte de um cavalo, particularmente dos membros e dos cascos.


As chamadas Regiões Zootécnicas dos membros recebem denominações relacionadas à estrutura óssea (Osteologia) que as compõem.


O conhecimento dessas regiões e da sua localização, mostradas na figura abaixo, é indispensável na análise da conformação, a qual levará em conta seu tamanho, cobertura muscular, angulações formadas e a proporção entre elas.


Estruturas que compõem os membros de um equino:

Membros Anteriores

Espádua: Região do osso escápula, abaixo da cernelha e acima do braço. É avaliada de perfil, observando-se a cobertura muscular e o ângulo formado com a horizontal, que deve ser, em média, de 55°, com alguma variação entre indivíduos.

Braço: Região do osso úmero, situada entre a espádua e o codilho.

Codilho: Situado na porção posterior do braço acima do antebraço, na extremidade da ulna.

Antebraço: Compreende a região do osso rádio, entre o codilho e o joelho.

Joelho: Região dos ossos cárpicos, situada entre o antebraço e a canela.

Canela: Situa-se entre o joelho e o boleto. Na conformação correta, deve-se apresentar perpendicular ao solo, sem desvios ou saliências.

Boleto: Região entre a canela e a quartela, que deve ser contínua à canela, sem a presença de saliências.

Quartela: Região da falange entre o boleto e a coroa do casco, que deve ter tamanho médio, proporcional ao membro, sem a presença de desvios laterais, com uma angulosidade paralela à paleta.


Membros Posteriores

Nádega: Está situada abaixo da garupa e se estende até o jarrete, podendo apresentar-se mais musculosa (linhas arredondadas) ou mais seca (linhas mais perpendiculares ao solo).

Coxa: Corresponde ao osso fêmur, entre a garupa, a nádega e a soldra, devendo ser longa e musculosa.

Soldra: Região articular entre a coxa e a perna, onde está a rótula (também chamada patela), que deve apresentar-se alinhada com o membro posterior, sem desvios laterais.

Perna: Corresponde à região dos ossos tíbia e fíbula, situada entre a soldra e o jarrete. Na conformação ideal, apresenta-se longa, musculosa e alinhada, formando um ângulo de cerca de 60° com a horizontal.

Jarrete: Está localizado entre a perna e a canela, compreendida pelos ossos tarsos e o calcâneo. Deve ser longo e alinhado com o membro.

Canela: Situado na região dos metatarsos, entre o jarrete e o boleto e que deve ser perpendicular ao solo, sem desvios ou saliências ósseas, com tamanho proporcional ao membro.

Boleto: Localizado entre a canela e a quartela, deve ser contínuo à canela sem saliências laterais ou anteriores. Na sua porção posterior, o boleto apresenta uma formação córnea conhecida como machinho.

Quartela: Localizada entre o boleto e a coroa do casco, na região das falanges proximal e média. Na conformação adequada, apresenta-se sem desvios laterais, com tamanho médio, proporcional ao membro. A inclinação da quartela dos membros posteriores, em geral, é ligeiramente maior que a inclinação da paleta.


Cuidados

O local onde o animal fica influência muito na condição do casco: pisos muito molhados e úmidos podem propiciar a podridão das ranilhas, assim como o piso grosso pode causar desgaste irregular.


Um casco sadio apresenta camada densa e resistente, com níveis de umidade externa em torno de 15 a 20%. Já a camada interna com umidade média de 45%, esse nível de hidratação é importante para haver absorção adequada de impacto durante exercícios.


A higiene do local também é de grande importância, visto que camas, urina e bebedouros com defeito podem causar excesso de umidade no local. É importante também ter cuidado com as fezes, elas podem causar leões de pele e dermatites na quartela.


Casqueamento

O casqueamento é uma manutenção ou tratamento para prevenir e curar doenças.

O casqueamento é de total importância para o cavalo, já que o casco é a base de sustentação de todo peso do animal, interfere na saúde das articulações e tendões, na qualidade da locomoção e no desempenho durante o trabalho.


Tipos de casqueamento

Existem dois tipos, o preventivo e o corretivo.

Preventivo

O casqueamento de manutenção, em função do crescimento normal do casco, medida que proporciona bem-estar ao cavalo, evitando possíveis dores e claudicações em função dos desníveis que podem aparecer, além de prevenir a ocorrência de doenças mais graves advindas desse crescimento, que ocorreriam sem o devido cuidado e manutenção necessária.


Corretivo

O casqueamento corretivo auxilia na correção de aprumos e precisa ser iniciado aos 2 meses de idade em cavalos que possuem desvios severos. Em animais com desvios considerados sutis, o casqueamento pode ser iniciado aos 4 meses de idade.

Vale dizer que as chances de sucesso na correção dos cascos são muito maiores se realizadas até os 9 meses de idade, pois nessa idade o fechamento epifisário começa a ocorrer. Assim, depois desse período, as cartilagens, que antes eram macias e fáceis de moldar, vão se tornando mais rígidas e menos maleáveis.


Como é feito?

O cavalo deve ser manejado corretamente, sem violência. A pata a ser trabalhada é segurada e então utiliza-se uma escova para tirar o excesso de resíduos como barro entre outros.


O mesmo procedimento é feito nas quatro patas.


A primeira ação será avaliar a situação dos cascos, olhando de cima, de frente e de trás, com o animal parado e em movimento sempre sobre uma superfície plana e dura.


A seguir, essa avaliação será feita na superfície plantar do casco. Para isso, a ferradura será retirada para que, a seguir, possa ser feita uma limpeza dessa área, com a remoção de todo o tipo de sujeira aderida a estruturas como sola, ranilha e sulcos.


Após tem início uma análise detalhada do casco, quando o casqueador verifica se há lesões, sinal de brocas e se o animal sente dor em alguma parte.


Verificada a situação do casco, o casqueador decide quais ações colocará em prática, para deixar os cascos nas melhores condições possíveis. Em geral, entre os procedimentos utilizados, está um eventual desgaste da sola e a restauração dos sulcos da ranilha (laterais e central) com a rineta.


No passo seguinte, é feita a aparação das pinças e o ajuste do contorno da linha branca, retirando-se os excessos da muralha, utilizando como ferramenta a torquês.


É feito o nivelamento da sola e da muralha e o arredondamento do contorno do casco com uma grosa.


Por fim, é feito o acabamento do trabalho com a aplicação de um selador.


Lembre-se sempre de observar a condição do casco antes de iniciar o processo, podendo identificar podridão de ranilha, rachaduras, fissuras, brocas ou qualquer alteração que deverão ser tratadas de forma medicamentosa.


Deve-se dar sempre muita atenção a dois aspectos: o nivelamento e o ângulo do casco.

A angulação é muito importante, porque está diretamente relacionada à estrutura corporal dos animais. 


Nenhum casco é igual, assim como a forma como crescem e os desvios que sofrem. Logo, não existe uma receita de casqueamento, ou seja, cada casqueamento é praticamente único, o que exige atenção do casqueador.


Quais cavalos devem-se casquear?

Todos os animais devem ser casqueados, periodicamente, mesmo aqueles que não estão em serviço. O casco, embora pareça uma parte do corpo estática, sofre incessantes mudanças que, dependendo da raça, da idade, do serviço que o animal presta, podem se manifestar com maior ou menor intensidade.


De quanto em quanto tempo deve-se casquear?

O casqueamento deverá ser executado entre 4 e 6 semanas nos animais estabulados, podendo ser mais estendidos nos animais de campo.


Ferramentas

Rineta


Torquês

Grosa


Ferrageamento

Sem nenhuma proteção, o casco acaba se desgastando muito, impedindo o cavalo de ser utilizado para atividades de trabalho, esporte ou lazer por muito tempo. Por volta do século X a ferradura foi inventada, inicialmente feita de grama trançada. Ao longo do tempo, ela passou a ser confeccionada em couro e, posteriormente, se tornou o objeto de metal que conhecemos hoje.

A ferradura é uma proteção colocada no casco para evitar desgaste. Como é pregada numa parte do tecido já morta semelhante às nossas unhas, o animal não sente dor durante a sua colocação.


Ela aumenta a tração das patas, evita e corrige possíveis defeitos de formação e ainda ajuda a regular a marcha.


Cavalos no campo, não necessitam de ferraduras, porque o desgaste do casco se faz naturalmente, sem prejuízo para o casco do animal.


Referências bibliográficas














  • @juuliabrenda
  • 1 de fev. de 2024
  • 6 min de leitura

Quando dar banho no cavalo?

O banho deve ser dado após o exercício físico ou quando for necessário.

O banho completo, com o uso de produtos específicos como shampoos e outros, só deve ser dado de preferência a cada 15 dias, ou quando o animal estiver bem sujo.


Como dar banho num cavalo?

Preparação

Depois que o animal retornar do exercício, deixe-o descansar por 10 a 15 minutos para que o corpo dele esfrie;


Faça um nó de liberação rápida caso vá o amarrar, os cavalos podem se assustar e se estirar para trás ou se debater, caso isso aconteça você só puxa e o nó se desfaz, ou então você pode optar por segurar o cabresto ou pedir a uma pessoa que o segure;


Escove o cavalo antes do banho removendo a poeira e sujeiras de forma mais firme, evitando a formação de lama e poupando o desperdício de água e shampoo.


Banho

Deve-se começar jogando água pelos cascos e após ir subindo devagar para evitar choque térmico;


Umedeça o corpo todo antes de aplicar o shampoo;


Aplique o shampoo, despeje uma porção do tamanho de uma moeda (ou a indicada pelo fabricante) numa esponja molhada ou na mão e esfregue-a no pelo dele. Ensaboe e enxague pequenas áreas de cada vez, pois o shampoo pode deixar o pelo ressecado se agir por tempo demais;


Vá raspando com a mão livre e adicionando mais água até que esta escorra bem clara. Devemos ser particularmente cuidadosos para enxaguar a parte das costas (onde os resíduos de sabão poderiam causar irritação sob a sela) e da barriga (onde acumula água e sabão após correr pelos flancos) e verificando as pernas cuidadosamente;


Terminando de secar a cabeça com uma toalha grande, para secar bem, incluindo em torno das orelhas;


Com corpo e rosto bem secos, podemos usar uma loção ou talco nas pernas do cavalo, que ajuda aos de pele sensível a se sentir mais confortável.


Após o cavalo seco recomendo passar um repelente para evitar o estresse com insetos.


Corpo

Esfregue muito bem o corpo para que não reste nenhuma sujeira, porém cuidando as partes mais sensíveis;


Enxague o cavalo, você deve parar de enxaguar quando você jogar água e ela cair sem fazer espuma;


Agora que a água está saindo limpa e não há mais resíduos de shampoo, o cavalo está pronto para ser seco;


Passe o rodo no sentido de crescimento do pelo. O rodo derruba o excesso de água armazenado no pelo. Se você não tem essa ferramenta, pode alisar o cavalo com a beirada externa da mão. Após secar o máximo possível, deixe o cavalo ao sol por aproximadamente dez minutos. Se o dia estiver nublado, vista nele uma capa ou uma capa protetora;


Cavalos têm o hábito natural de rolar no chão após o banho, isso se explica por fatores como a facilidade de se secar ao rolar e a formação de uma película com função termorreguladora. Para não perder o banho, a dica é cobri-lo com uma capa e fazer um passeio enquanto ele seca. 


Cascos

Antes de ligar a mangueira, podemos usar uma pomada, ou óleo, nos cascos do cavalo para selá-los, protegendo-os de absorção de água, o que pode torná-los quebradiços, especialmente em climas quentes;


Limpe bem os cascos e a ranilha, assim as sujeiras aderidas a eles, como fezes, serão devidamente eliminadas.


Crina

Se a crina estiver bem molhada, despejamos um pouco de shampoo diretamente nas mãos e usamos os dedos para trabalhar bem a espuma, até as raízes, aproveite para desembaraçar a crina, cuidando sempre para a espuma não encostar nos olhos ou mucosas.


Cauda

Para lavar a cauda tome cuidado, essa parte merece muita atenção, especialmente em animais de cauda clara. Já que o cavalo não sente frio na cauda, você pode lavá-la quando quiser. Devemos espalhar o sabão cuidadosamente com os dedos porque pelo da cauda é grosso, assim o produto penetra nos fios, até o final da cauda, ​​adicionando água para mantê-lo ensaboado. A cauda pode ser lavada de duas formas:


1. Com balde, shampoo e água: segure o balde com uma mão e a cauda com a outra. Mergulhe-a no balde até tão perto da base quanto for possível.

Agite-a no interior do balde, tentando tirar a sujeira. Limpe a base da cauda com uma esponja mergulhada na solução de água morna e shampoo.

Enxague a cauda em vários baldes de água limpa. Mais uma vez, use a esponja para enxaguar a base.

Enxugue a cauda com uma toalha e deixe o cavalo pastando num lugar ao sol até ela terminar de secar.


2. A molhe com uma mangueira e esfregue com shampoo, com bastante cuidado, damos à cauda uma lavagem completa, verificando com os dedos se os pelos da cauda estão completamente livres de espuma, até as raízes enquanto a enxaguamos, após é só secar a cauda ou deixa-lá no sol.


Cabeça

Agora, com o corpo limpo, lavamos o rosto e cabeça (caso queira ficar em pé sobre um banquinho ou escada para o conforto dele e o seu). Mergulhamos a esponja em água limpa, torcendo-a para que não fique pingando, depois passamos por todo o rosto e a cabeça para molhar bem: primeiro dos olhos para baixo, depois para cima sob o topete (tendo o cuidado de não deixar cair água nos seus olhos), atrás das orelhas, pelas faces e depois sob a cabeça;

 

Em seguida, torcer a esponja com sabão para que ele não pingue e lavar atrás das orelhas, sobre as bochechas e sob os olhos; em seguida, na frente das orelhas, acima dos olhos, e para baixo do nariz, tomando cuidado para que não pingue nos olhos;


Por último, limpe a área das narinas.


Quais são os benefícios?

- Além da limpeza o banho ajuda a retirar a poeira, ficando visíveis cortes, feridas, abcessos e picadas de insetos;


- Evita formação de micoses e problemas de pele;


- Resfriamento do cavalo em dias quentes ou após esforço físico;


Os banhos têm também a função terapêutica, por exemplo:

- A água ativa a circulação, relaxando os músculos, aliviando dores, pode até combater as inflamações em alguns casos;


- Os banhos são úteis em casos de claudicação porque promove a circulação local, podem ajudar a reduzir o edema de membros, resfriam a região inflamada e ajudam na analgesia;


- Remoção mecânica de ectoparasitas, como piolhos e carrapatos;


- Receber um banho é também uma forma de carinho e conexão entre o animal e o cuidador, o que reforça o vínculo e melhora ainda mais a convivência.


Dicas para um banho adequado

- Local adequado

Prefira pisos que não sejam lisos e escorregadios, um local limpo, que não faça lama e com boa drenagem, locais sem quinas, objetos pontiagudos, cortantes ou poderem se quebrar oferecendo risco no caso de um susto, por exemplo;


- Proteção: cavalos que nunca tomaram banho, tem trauma e/ou não é acostumado deve-se dobrar o cuidado para que o banho não se torne algo estressante ou perigoso, tanto para o responsável quanto para o cavalo;


- Lembre-se que tanto a falta quanto o excesso de banho pode ter sérias consequências, tanto pela presença de compostos químicos nos produtos quanto a remoção da película protetora de gordura da pele (oleosidade) que serve como uma barreira de combate contra os microrganismos patógenos e também a remoção da microbiota natural e saudável da pele do cavalo;


- O banho não necessita ultrapassar os 15 minutos e, nos dias de frio, apenas os cascos e as partes suadas devem ser lavadas, pois, a evaporação é mais lenta e os malefícios podem ser maiores que os benefícios, acumulando umidade e deixando o cavalo com frio.


Cuidados

- Deve-se lembrar que a higiene dos genitais deve ser feita constantemente para evitar o acúmulo de células mortas e a proliferação de bactérias que podem ser patogénicas ao animal;


- Dar atenção às sujeiras que ficam entre as pernas, barriga e demais dobras da pele, para evitar assaduras;


- Evitar banho em dias frios, mas se não houver outra opção lavar apenas “por baixo” do cavalo (patas e barriga);


- Tente sempre deixar água em temperatura ambiente, a água gelada por mais que confortável para o animal em algumas circunstâncias não devem durar muito tempo;


- Não jogue água direta na cara do cavalo, jogue a água para cima deixando-a cair para que as orelhas sejam protegidas da infiltração da água;


- Na hora de esfregar as pernas aproveite para conferir se não possui cortes ou feridas;


- A escolha de um produto adequado é fundamental para não danificar os pelos, evitar dermatites e garantir os benefícios que um bom banho oferece;


- Nunca passe xampu na face do cavalo, somente água pura. Se houver muita sujeira, esfregue a cara dele várias vezes até que a água escorra limpa;


- Em dias quentes, não deixe o cavalo molhado após o banho, pois a água é um isolante térmico e impede o animal de liberar calor. Use uma raspadeira de rodo ou toalhas para deixá-lo ligeiramente úmido;


- Num clima quente, as pernas úmidas são propícias a criar bactérias.


Ferramentas

Escova


Shampoo

Dar preferência para os específicos para equinos, ou no caso de produtos humanos, os que sejam neutros.


Limpador de casco


Rodo


Produto para o casco


Esponja


Capa para cavalo




Referências bibliográficas














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